sábado, 28 de junho de 2014

Dica para o fim de semana...

Invictus
Dirigido por Clint Eastwood

Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a seleção nacional seja campeã.  
         

          Em ritmo do esporte aliado ao tema cultura, escolhemos este filme como sugestão, pois além de abordar questões históricas e entender um pouco mais sobre a trajetória de Nelson Mandela, este filme explicita ainda mais questões culturais e como o etnocentrismo pode ser tão devastador em alguns casos. Este filme foi produzido em 2009 e tem algumas curiosidades que encontramos no site adoro cinema que encanta e trás ainda mais o quão maravilhoso é o filme e como pode ser uma boa opção para ser assistida. 

Curiosidades: 

- A palavra invictus significa invencível, em latim;

- Invictus é o nome de um poema escrito por William Ernst Henley, em 1875, quando estava no hospital prestes a ter sua perna amputada. Nelson Mandela já foi ouvido dizendo trechos deste poema;

- Morgan Freeman e a produtora Lori McCreary durante anos tentaram realizar um filme sobre Nelson Mandela, baseado em sua autobiografia "Long Walk to Freedom". Entretanto, como a história se passava ao longo de várias décadas, seria impossível adaptá-la em um filme;

- Antes das filmagens começarem, Morgan Freeman e Lori McCreary visitaram Nelson Mandela, pedindo sua bênção para o filme;

- Nelson Mandela declarou que apenas Morgan Freeman poderia interpretá-lo em Invictus;

- Morgan Freeman assistiu a diversos vídeos de Nelson Mandela, para aperfeiçoar o sotaque e o ritmo de sua fala;

- É o primeiro de dois filmes em que Clint Eastwood e Matt Damon trabalharam juntos. O posterior foi Além da Vida (2010);

- Para se preparar para o papel, Matt Damon fez um treinamento intensivo no Gardens Rugby Club. O ator esteve sob o comando de Chester Williams, um dos jogadores de rúgbi da seleção da África do Sul na Copa do Mundo de 1995;

- Matt Damon visitou o verdadeiro Francois Pienaar, pedindo-lhe assistência para compor o personagem. Os dois jantaram juntos, com Pienaar passando diversas informações sobre o jogo de rúgbi, os treinamentos e aspectos técnicos do esporte;

- Os produtores queriam que um ator britânico interpretasse o pai de Francois Pienaar. Vários testes foram realizados, entre dezembro de 2008 e março de 2009, até que foi decidida pela contratação de um ator sul-africano para o papel;

- O roteirista Anthony Peckham é sul-africano;

- Durante as filmagens, Clint Eastwood se tornou um grande fã de rúgbi. Quando estava na África do Sul ele ficava horas assistindo partidas e, no dia seguinte, comentava sobre elas com os demais integrantes da equipe;

- Os atores que interpretaram os jogadores de rúgbi da Nova Zelândia tiveram que aprender o canto de guerra maori, o Haka, que é apresentado em todo jogo para intimidar os rivais. Para manter a verossimilhança, os produtores contactaram a Associação de Rúgbi da Nova Zelândia pedindo auxílio nos ensaios. Foi então enviado Inia Maxwell, especialista no Haka, que o ensinou durante as filmagens;

- As cenas do exterior da casa de Nelson Mandela foram rodadas em sua própria residência em Johannesburgo, enquanto que as cenas internas foram rodadas na Cidade do Cabo;

- A sala do presidente, onde ocorreu o primeiro encontro entre Nelson Mandela e Francois Pienaar, foi montada nos escritórios da Union Buildings, sede do governo na capital do país, Pretória. Foi a primeira vez que um filme recebeu autorização para rodar no local;

- Todas as cenas de rúgbi foram rodadas no Ellis Park Stadium, em Johannesburgo;

- Ao rodar as cenas de rúgbi, haviam apenas duas mil pessoas no estádio em que as filmagens ocorreram. Foi a equipe de efeitos especiais que os transformou em 62 mil pessoas, capazes de lotar o estádio;

- Quando Invictus foi aprovado, o compositor Kyle Eastwood estava na África do Sul, para participar de um festival de jazz. Clint Eastwood, seu pai, pediu que ele pesquisasse pelas bandas locais, para incluir na trilha sonora do filme;

- O Soweto String Quartet, a banda favorita de Nelson Mandela, foi contratado para trabalhar no filme.

Prêmios que este filme recebeu: 

OSCAR
2010
Indicações
Melhor Ator - Morgan Freeman
Melhor Ator Coadjuvante - Matt Damon

GLOBO DE OURO
2010
Indicações
Melhor Diretor - Clint Eastwood
Melhor Ator - Drama - Morgan Freeman
Melhor Ator Coadjuvante - Matt Damon

CÉSAR
2011
Indicação
Melhor Filme Estrangeiro

SCREEN ACTOR'S GUILD AWARDS
2010
Indicações
Melhor Ator - Morgan Freeman
Melhor Ator Coadjuvante - Matt Damon

NATIONAL BOARD OF REVIEW
2010
Ganhou
Melhor Diretor - Clint Eastwood
Melhor Ator - Morgan Freeman
Prêmio de Expressão da Liberdade

( Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-129694/curiosidades/)
          Recomendamos e acreditamos que vale muito a pena ver este filme tão motivador. 





Por de frente com a sociologia.




domingo, 15 de junho de 2014

Modelo Toyota de Produção - Just In Time & Kanban



Mas o que refere o modelo Toyota de produção?

          Fora o conteúdo estudado em aula, nosso grupo pesquisou mais insumos que pudessem nos ajudar na elaboração do trabalho final e também compreender mais sobre o assunto sobre Toyotismo. Neste vídeo que se encontra no Youtube, encontramos duas percepções relatadas neste documentário sobre o modelo Toyota de produção. Nos achamos muito interessante, pois o vídeo revela mais questões históricas e não muito detalhadas a respeito do modelo e também conhecemos mais sobre os dois pilares de ideologia toyota que são a automação comparada ao automático em situação anormal e o just in time.

Vale a pena assistir

Por de frente com a sociologia.


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Embraer e o modelo Toyotista

          Hoje o mundo corporativo necessita que suas empresas estejam vinculadas as necessidades do seu público as incluindo no mercado competitivo. Por isso, inúmeros os modelos de produção foram sendo ajustados as necessidades destes locais, para que, da melhor maneira possível estas empresas pudessem conseguir atingir seu melhor nível de produtividade.

          Dificilmente hoje encontramos como exemplo modelos de empresas que aderem somente a um tipo de modelo de produção, pois como ditas anteriormente, ouve uma adaptação e um reajuste para que se adaptassem as necessidades de cada instituição.Exemplo disso, é a empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) que com mais de 40 anos de existência, já adaptou seus modelos de produção algumas vezes e hoje utiliza mais de um modelo para sua existência como organização. Entretanto, com o avanço da globalização e a exigência de uma competitividade maior em todos os ramos do mercado, hoje a Embraer adere mais a alguns preceitos do modelo Toyotismo de produção, como foi encontrado em alguns artigos explicitados na rede.
          Esta imersão de preceitos Toyotistas foram primordiais para que a empresa chegasse onde esta atualmente, entretanto, por falta de reportagens mais especificas, nós selecionamos um artigo feito por uma mestranda da Unesp e também um trabalho feito pela autora da revista e do blog café com sociologia, abarcando questões mais profundas sobre a individualidade e o processo de transformação do trabalhador no que se refere a escolaridade nesta organização vista não como uma relação de neutralidade, mas sim uma adaptação ao modelo organizacional toyotista se inserindo no ambiente fabril. 

            O Toyotismo na Embraer incluiu-se mais sobre questões referentes a externalização das atividades e também sobre o que diz respeito a multifuncionalidade ou melhor qualificação do trabalhador.
A seguir, os artigos em anexo.

Por Gabriela Rabello

sábado, 7 de junho de 2014

Opção para o fim de semana...

Tempos Modernos 
Dirigido por Charles Chaplin

Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar. 

          Este filme, além de retratar como funcionava o processo de produção e como os trabalhadores trabalhavam sendo vistos como máquina, também o filme aborda uma forte mensagem social por trás. A máquina tomando lugar do homem e o mesmo sendo tratado como tal levando o trabalhador ser guiado para escravidão e a criminalidade. Um belo clássico que vale a pena ser assistido.




          Curiosidades sobre o filme:
          - Supostamente Tempos Modernos seria o primeiro filme de Charles Chaplin que utilizasse inteiramente um sistema de som. Entretanto, no filme apenas pode-se ouvir ruídos quando vozes são ditas por avisos de máquinas. Esta mudança foi feita pelo próprio Chaplin para tornar o som um símbolo da tecnologia e da desumanização no filme.

Referências: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1832/
Por de frente com a sociologia.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Fordlândia

       O fordismo no Brasil não concretizou-se plenamente. Há uma implementação parcial, pois o país não tinha condições sociais e técnicas para que a organização do processo de trabalho fordista se instaurasse de forma plena. Ficou restrito a determinadas regiões, como na Fordlândia e em algumas empresas em São Paulo.       
       A Fordlândia é uma cidade idealizada por Ford e construída na Amazônia, a fim de constituir uma plantação de seringueiras para a produção de borracha.O Documentário Fordlândia(2008), dirigido por Marinho Andrade e Daniel Augusto, retrata os anseios de Henry Ford em construí-la e a história da mesma. Nele contém relatos de alguns de seus moradores atuais que viveram na época, além de dois gêmeos estrangeiros, Charles e Ed Townsend que ali nasceram e viveram durante doze anos e voltaram para visitar o local, o último deles trazendo também sua família para conhecer. O Documentário contém também relatos de jornalistas e historiadores que auxiliam para retratar a história da Fordlândia.
       Em 1928,  Henry Ford era dono da Maior indústria do mundo, a Ford Motors Company. A linha de produção ficou conhecida como fordismo, que caracterizava uma produção em grande quantidade, de maneira mais rápida e de menor custo possível.
       Os carros da Companhia de Ford necessitavam de pneus, lógico, e também outras peças feitas de borracha. Para a produção de pneus, entretanto, a linha de produção necessitava de uma enorme quantidade de matéria -prima. O que ocorria era que, na época, os ingleses detinham o monopólio da produção de látex, matéria-prima usada na fabricação dos pneus. Dessa forma controlavam seu preço, fazendo cair os lucros de Ford.
       Henry, tentando fugir do monopólio inglês, quis plantar suas próprias árvores de seringueiras no Brasil. Então, ele idealiza uma cidade americana para ser instalada na Amazônia : a Fordlândia. Para isso, embarcou uma cidade inteira em dois navios.
       Conforme relatado no Documentário, a Fordlândia foi uma sucessão de fracassos. Começou com a área escolhida. Sabendo do interesse americano por terras amazônicas, o cafeicultor Jorge Dumont Villares pediu concessões de terra ao governo do Pará, e adquiriu um milhão de hectares. Assim, quando o governo americano, juntamento com Ford enviou uma equipe de estudo para vir selecionar a área, Villares mostrou seus próprios terrenos. Ford pagou o equivalente a dois milhões e meio de reais atualmente ao cafeicultor por uma área gigantesca na margem direita do Tapajós. A Fordlândia nasceu de um golpe dado pelo brasileiro. Além disso, o local não era próprio para a plantação de seringueiras.
       Havia muitas diferenças culturais entre americanos e brasileiros, por exemplo: vestuário,alimentação, crenças, valores, entre outros. Os conflitos apareceriam com o tempo. 
       O mais importante deles ocorreu em 1930, e ficou conhecido como "quebra-panelas". Os operários eram submetidos a uma dieta única, a mesma implantada na fábrica dos EUA. A questão era que os brasileiro tinham hábitos anteriores, que não eram considerados por Ford, como a caça e as plantações de mandioca, por exemplo. Isso gerou uma rebelião.
       Para entrar na Companhia, os operários passavam por rigoroso processo de seleção médica e policial. Moradores da região contam que existia uma sirene que marcava os turnos de trabalho. O horário era rígido.
       O surgimento de um fungo, o mal-das-folhas, destruiu toda a plantação de Henry. O que aconteceu é que, desconhecendo as características da região, os americanos implementaram a monocultura de seringueiras, o que favorece o surgimento do fungo. Explica-se no Documentário que a a seringueira, na Amazônia, só pode existir em condições naturais, dentro de uma grande diversidade de espécies florestais. Plantadas a uma distância muito pequena, como foi feito, foram atacadas pelo mal-das-folhas,que exterminou com as seringueiras.
       Apesar do fracasso, foi construída uma segunda cidade, Belterra. Lá, o terreno era melhor drenado e com condições desfavoráveis ao surgimento do mal-das-folhas. As mudas eram trazidas do antigo Ceilão. Ainda assim, a produção era baixa. A maior produtividade de látex local não abasteceria nenhum dia das necessidades da fábrica de Detroit.
       Dessa foma, em 1945, os americanos abandonaram o local. Devolveram a terra e deixaram parte de seus pertences. Ao todo, a Ford Company teve um prejuízo de 100 milhões de dólares em valores atuais.
       Fator interessante do Documentário é que além de retratar a história do local, mostra como ele está atualmente. Hoje, ainda pode se encontrar resquícios de uma enorme infra-estrutura composta por hospital, escola, fábrica, igreja, vilas. Restam vestígios de uma era.
          

 Documentário Fordlândia (2008) : https://www.youtube.com/watch?v=x2SpGRuwqA4 



                                                                                              Por Franciele Flach