quinta-feira, 3 de julho de 2014

Cultura e Cultura Organizacional

           O vídeo a seguir foi produzido por nós, autoras do blog De frente com a Sociologia. O objetivo proposto em aula foi escolher algum ou alguns dos assuntos trabalhados em aula e criar um vídeo sobre isso,  a fim de fixar o conteúdo e aprimorar a aprendizagem. Dessa forma, escolhemos a cultura e a cultura organizacional para abordar no nosso.

           Segue o vídeo e o link para encontrá-lo no youtube:







Por de frente com a sociologia.




sábado, 28 de junho de 2014

Dica para o fim de semana...

Invictus
Dirigido por Clint Eastwood

Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a seleção nacional seja campeã.  
         

          Em ritmo do esporte aliado ao tema cultura, escolhemos este filme como sugestão, pois além de abordar questões históricas e entender um pouco mais sobre a trajetória de Nelson Mandela, este filme explicita ainda mais questões culturais e como o etnocentrismo pode ser tão devastador em alguns casos. Este filme foi produzido em 2009 e tem algumas curiosidades que encontramos no site adoro cinema que encanta e trás ainda mais o quão maravilhoso é o filme e como pode ser uma boa opção para ser assistida. 

Curiosidades: 

- A palavra invictus significa invencível, em latim;

- Invictus é o nome de um poema escrito por William Ernst Henley, em 1875, quando estava no hospital prestes a ter sua perna amputada. Nelson Mandela já foi ouvido dizendo trechos deste poema;

- Morgan Freeman e a produtora Lori McCreary durante anos tentaram realizar um filme sobre Nelson Mandela, baseado em sua autobiografia "Long Walk to Freedom". Entretanto, como a história se passava ao longo de várias décadas, seria impossível adaptá-la em um filme;

- Antes das filmagens começarem, Morgan Freeman e Lori McCreary visitaram Nelson Mandela, pedindo sua bênção para o filme;

- Nelson Mandela declarou que apenas Morgan Freeman poderia interpretá-lo em Invictus;

- Morgan Freeman assistiu a diversos vídeos de Nelson Mandela, para aperfeiçoar o sotaque e o ritmo de sua fala;

- É o primeiro de dois filmes em que Clint Eastwood e Matt Damon trabalharam juntos. O posterior foi Além da Vida (2010);

- Para se preparar para o papel, Matt Damon fez um treinamento intensivo no Gardens Rugby Club. O ator esteve sob o comando de Chester Williams, um dos jogadores de rúgbi da seleção da África do Sul na Copa do Mundo de 1995;

- Matt Damon visitou o verdadeiro Francois Pienaar, pedindo-lhe assistência para compor o personagem. Os dois jantaram juntos, com Pienaar passando diversas informações sobre o jogo de rúgbi, os treinamentos e aspectos técnicos do esporte;

- Os produtores queriam que um ator britânico interpretasse o pai de Francois Pienaar. Vários testes foram realizados, entre dezembro de 2008 e março de 2009, até que foi decidida pela contratação de um ator sul-africano para o papel;

- O roteirista Anthony Peckham é sul-africano;

- Durante as filmagens, Clint Eastwood se tornou um grande fã de rúgbi. Quando estava na África do Sul ele ficava horas assistindo partidas e, no dia seguinte, comentava sobre elas com os demais integrantes da equipe;

- Os atores que interpretaram os jogadores de rúgbi da Nova Zelândia tiveram que aprender o canto de guerra maori, o Haka, que é apresentado em todo jogo para intimidar os rivais. Para manter a verossimilhança, os produtores contactaram a Associação de Rúgbi da Nova Zelândia pedindo auxílio nos ensaios. Foi então enviado Inia Maxwell, especialista no Haka, que o ensinou durante as filmagens;

- As cenas do exterior da casa de Nelson Mandela foram rodadas em sua própria residência em Johannesburgo, enquanto que as cenas internas foram rodadas na Cidade do Cabo;

- A sala do presidente, onde ocorreu o primeiro encontro entre Nelson Mandela e Francois Pienaar, foi montada nos escritórios da Union Buildings, sede do governo na capital do país, Pretória. Foi a primeira vez que um filme recebeu autorização para rodar no local;

- Todas as cenas de rúgbi foram rodadas no Ellis Park Stadium, em Johannesburgo;

- Ao rodar as cenas de rúgbi, haviam apenas duas mil pessoas no estádio em que as filmagens ocorreram. Foi a equipe de efeitos especiais que os transformou em 62 mil pessoas, capazes de lotar o estádio;

- Quando Invictus foi aprovado, o compositor Kyle Eastwood estava na África do Sul, para participar de um festival de jazz. Clint Eastwood, seu pai, pediu que ele pesquisasse pelas bandas locais, para incluir na trilha sonora do filme;

- O Soweto String Quartet, a banda favorita de Nelson Mandela, foi contratado para trabalhar no filme.

Prêmios que este filme recebeu: 

OSCAR
2010
Indicações
Melhor Ator - Morgan Freeman
Melhor Ator Coadjuvante - Matt Damon

GLOBO DE OURO
2010
Indicações
Melhor Diretor - Clint Eastwood
Melhor Ator - Drama - Morgan Freeman
Melhor Ator Coadjuvante - Matt Damon

CÉSAR
2011
Indicação
Melhor Filme Estrangeiro

SCREEN ACTOR'S GUILD AWARDS
2010
Indicações
Melhor Ator - Morgan Freeman
Melhor Ator Coadjuvante - Matt Damon

NATIONAL BOARD OF REVIEW
2010
Ganhou
Melhor Diretor - Clint Eastwood
Melhor Ator - Morgan Freeman
Prêmio de Expressão da Liberdade

( Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-129694/curiosidades/)
          Recomendamos e acreditamos que vale muito a pena ver este filme tão motivador. 





Por de frente com a sociologia.




domingo, 15 de junho de 2014

Modelo Toyota de Produção - Just In Time & Kanban



Mas o que refere o modelo Toyota de produção?

          Fora o conteúdo estudado em aula, nosso grupo pesquisou mais insumos que pudessem nos ajudar na elaboração do trabalho final e também compreender mais sobre o assunto sobre Toyotismo. Neste vídeo que se encontra no Youtube, encontramos duas percepções relatadas neste documentário sobre o modelo Toyota de produção. Nos achamos muito interessante, pois o vídeo revela mais questões históricas e não muito detalhadas a respeito do modelo e também conhecemos mais sobre os dois pilares de ideologia toyota que são a automação comparada ao automático em situação anormal e o just in time.

Vale a pena assistir

Por de frente com a sociologia.


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Embraer e o modelo Toyotista

          Hoje o mundo corporativo necessita que suas empresas estejam vinculadas as necessidades do seu público as incluindo no mercado competitivo. Por isso, inúmeros os modelos de produção foram sendo ajustados as necessidades destes locais, para que, da melhor maneira possível estas empresas pudessem conseguir atingir seu melhor nível de produtividade.

          Dificilmente hoje encontramos como exemplo modelos de empresas que aderem somente a um tipo de modelo de produção, pois como ditas anteriormente, ouve uma adaptação e um reajuste para que se adaptassem as necessidades de cada instituição.Exemplo disso, é a empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) que com mais de 40 anos de existência, já adaptou seus modelos de produção algumas vezes e hoje utiliza mais de um modelo para sua existência como organização. Entretanto, com o avanço da globalização e a exigência de uma competitividade maior em todos os ramos do mercado, hoje a Embraer adere mais a alguns preceitos do modelo Toyotismo de produção, como foi encontrado em alguns artigos explicitados na rede.
          Esta imersão de preceitos Toyotistas foram primordiais para que a empresa chegasse onde esta atualmente, entretanto, por falta de reportagens mais especificas, nós selecionamos um artigo feito por uma mestranda da Unesp e também um trabalho feito pela autora da revista e do blog café com sociologia, abarcando questões mais profundas sobre a individualidade e o processo de transformação do trabalhador no que se refere a escolaridade nesta organização vista não como uma relação de neutralidade, mas sim uma adaptação ao modelo organizacional toyotista se inserindo no ambiente fabril. 

            O Toyotismo na Embraer incluiu-se mais sobre questões referentes a externalização das atividades e também sobre o que diz respeito a multifuncionalidade ou melhor qualificação do trabalhador.
A seguir, os artigos em anexo.

Por Gabriela Rabello

sábado, 7 de junho de 2014

Opção para o fim de semana...

Tempos Modernos 
Dirigido por Charles Chaplin

Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar. 

          Este filme, além de retratar como funcionava o processo de produção e como os trabalhadores trabalhavam sendo vistos como máquina, também o filme aborda uma forte mensagem social por trás. A máquina tomando lugar do homem e o mesmo sendo tratado como tal levando o trabalhador ser guiado para escravidão e a criminalidade. Um belo clássico que vale a pena ser assistido.




          Curiosidades sobre o filme:
          - Supostamente Tempos Modernos seria o primeiro filme de Charles Chaplin que utilizasse inteiramente um sistema de som. Entretanto, no filme apenas pode-se ouvir ruídos quando vozes são ditas por avisos de máquinas. Esta mudança foi feita pelo próprio Chaplin para tornar o som um símbolo da tecnologia e da desumanização no filme.

Referências: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1832/
Por de frente com a sociologia.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Fordlândia

       O fordismo no Brasil não concretizou-se plenamente. Há uma implementação parcial, pois o país não tinha condições sociais e técnicas para que a organização do processo de trabalho fordista se instaurasse de forma plena. Ficou restrito a determinadas regiões, como na Fordlândia e em algumas empresas em São Paulo.       
       A Fordlândia é uma cidade idealizada por Ford e construída na Amazônia, a fim de constituir uma plantação de seringueiras para a produção de borracha.O Documentário Fordlândia(2008), dirigido por Marinho Andrade e Daniel Augusto, retrata os anseios de Henry Ford em construí-la e a história da mesma. Nele contém relatos de alguns de seus moradores atuais que viveram na época, além de dois gêmeos estrangeiros, Charles e Ed Townsend que ali nasceram e viveram durante doze anos e voltaram para visitar o local, o último deles trazendo também sua família para conhecer. O Documentário contém também relatos de jornalistas e historiadores que auxiliam para retratar a história da Fordlândia.
       Em 1928,  Henry Ford era dono da Maior indústria do mundo, a Ford Motors Company. A linha de produção ficou conhecida como fordismo, que caracterizava uma produção em grande quantidade, de maneira mais rápida e de menor custo possível.
       Os carros da Companhia de Ford necessitavam de pneus, lógico, e também outras peças feitas de borracha. Para a produção de pneus, entretanto, a linha de produção necessitava de uma enorme quantidade de matéria -prima. O que ocorria era que, na época, os ingleses detinham o monopólio da produção de látex, matéria-prima usada na fabricação dos pneus. Dessa forma controlavam seu preço, fazendo cair os lucros de Ford.
       Henry, tentando fugir do monopólio inglês, quis plantar suas próprias árvores de seringueiras no Brasil. Então, ele idealiza uma cidade americana para ser instalada na Amazônia : a Fordlândia. Para isso, embarcou uma cidade inteira em dois navios.
       Conforme relatado no Documentário, a Fordlândia foi uma sucessão de fracassos. Começou com a área escolhida. Sabendo do interesse americano por terras amazônicas, o cafeicultor Jorge Dumont Villares pediu concessões de terra ao governo do Pará, e adquiriu um milhão de hectares. Assim, quando o governo americano, juntamento com Ford enviou uma equipe de estudo para vir selecionar a área, Villares mostrou seus próprios terrenos. Ford pagou o equivalente a dois milhões e meio de reais atualmente ao cafeicultor por uma área gigantesca na margem direita do Tapajós. A Fordlândia nasceu de um golpe dado pelo brasileiro. Além disso, o local não era próprio para a plantação de seringueiras.
       Havia muitas diferenças culturais entre americanos e brasileiros, por exemplo: vestuário,alimentação, crenças, valores, entre outros. Os conflitos apareceriam com o tempo. 
       O mais importante deles ocorreu em 1930, e ficou conhecido como "quebra-panelas". Os operários eram submetidos a uma dieta única, a mesma implantada na fábrica dos EUA. A questão era que os brasileiro tinham hábitos anteriores, que não eram considerados por Ford, como a caça e as plantações de mandioca, por exemplo. Isso gerou uma rebelião.
       Para entrar na Companhia, os operários passavam por rigoroso processo de seleção médica e policial. Moradores da região contam que existia uma sirene que marcava os turnos de trabalho. O horário era rígido.
       O surgimento de um fungo, o mal-das-folhas, destruiu toda a plantação de Henry. O que aconteceu é que, desconhecendo as características da região, os americanos implementaram a monocultura de seringueiras, o que favorece o surgimento do fungo. Explica-se no Documentário que a a seringueira, na Amazônia, só pode existir em condições naturais, dentro de uma grande diversidade de espécies florestais. Plantadas a uma distância muito pequena, como foi feito, foram atacadas pelo mal-das-folhas,que exterminou com as seringueiras.
       Apesar do fracasso, foi construída uma segunda cidade, Belterra. Lá, o terreno era melhor drenado e com condições desfavoráveis ao surgimento do mal-das-folhas. As mudas eram trazidas do antigo Ceilão. Ainda assim, a produção era baixa. A maior produtividade de látex local não abasteceria nenhum dia das necessidades da fábrica de Detroit.
       Dessa foma, em 1945, os americanos abandonaram o local. Devolveram a terra e deixaram parte de seus pertences. Ao todo, a Ford Company teve um prejuízo de 100 milhões de dólares em valores atuais.
       Fator interessante do Documentário é que além de retratar a história do local, mostra como ele está atualmente. Hoje, ainda pode se encontrar resquícios de uma enorme infra-estrutura composta por hospital, escola, fábrica, igreja, vilas. Restam vestígios de uma era.
          

 Documentário Fordlândia (2008) : https://www.youtube.com/watch?v=x2SpGRuwqA4 



                                                                                              Por Franciele Flach

sábado, 31 de maio de 2014

Mafalda e a Cultura


       


Cultura, que vem do latim colere e significa cultivar, é um conceito de várias acepções. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é. Definições de cultura foram realizadas por Edward B. Tylor, Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições diferentes para o vocábulo cultura. E este termo ainda irá adquirir outros tantos significados e influências, tendo em vista que o ser humano e os seus modos de pensar e de agir no mundo se modificam com o passar dos tempos, ao longo de seu desenvolvimento inerente.

Por de frente com a sociologia.




                    A classe operária vai ao paraíso
Dirigido por Elio Petri
A Classe Operária Vai para o Paraíso é um filme exemplo de reclamação de cinema, neste caso, as condições de trabalho em fábricas através da história de um modelo de trabalhor. Lulu é um operário padrão que desperta a ira dos colegas devido a sua alta produtividade, servindo de exemplo pela direção da empresa. Depois de sofrer um acidente de trabalho, rebela-se contra a fábrica em que trabalha e se aproxima de líderes estudantil radicais. O processo de engajamento político do operário é acompanhado de conflitos familiares, questionamentos sobre a vida de operário e pelos constante presença de sindicalistas e estudantes na porta da fábrica discursando para os trabalhadores..


          A caracterização do filme dá-se em várias vertentes abordando, por exemplo, produção de mais-valia relativa (inovação técnico-organizacional do capital) conceito esse estudado por Marx, desvalorização da força de trabalho como mercadoria, degradação do trabalho vivo (saúde do trabalhador) e resistência contingente e necessária do proletariado. Além disso, este filme retrata a precariedade do trabalho e como funcionou na época os preceitos do capitalismo global. 
          
          Ótima dica para se assistir neste fim de semana 30 dias depois de comemorado o dia do trabalhador. 


Referência: http://cinepovo.blogspot.com.br/2011/07/classe-operaria-vai-ao-paraiso-1971.html;
http://www.canal6editora.com.br/educacao-1/analise-do-filme-a-classe-operaria-vai-ao-paraiso-v-13.html;


Por de frente com a sociologia.


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Apontamentos sobre Evolução e Concepção do Trabalho



O trabalho é uma das formas do homem atuar sobre o mundo, e ele o faz de várias formas. A concepção de trabalho, porém, sofreu alterações com o passar dos anos. O significado etimológico da palavra trabalho mais aceito na atualidade, apesar das várias hipóteses e debates, tem suas origens no vocábulo latim tripalium, que consistia em um cavalete de três paus, usado para ferrar cavalos, e também como instrumento de tortura sobre os escravos, já que nas sociedades antigas e escravagistas o ócio era sinônimo de vida digna e feliz, e o trabalho era indignificante. Assim, a origem da palavra demonstra sociologicamente através dos tempos, uma tradição de atribuir-se ao vocábulo, valores, ora depreciativos, ora penosos, significando fadiga, esforço, sofrimento, encargo, em suma, valores negativos, dos quais se afastam os mais afortunados.

Seguem algumas considerações sobre o trabalho:

“O trabalho é um termo ambíguo e complexo, significa uma atividade física e intelectual; um ato compulsório, mas também um ato de criação que constitui uma fonte de desenvolvimento e satisfação; é um meio de subsistência, mas ao mesmo tempo, uma forma de autorrealização e fonte de rendimento, de estatuto, de poder e de identidade. No entanto, frequentemente, as definições ignoram essa ambiguidade e complexidade”. (KOVÁCS, 2002, p. 1)

“Considerando que o trabalho ocorre quando o homem transforma a natureza (matéria-prima) por meio da técnica, as sucessivas revoluções tecnológicas do séculos XIX e XX tiveram impacto direto sobre o modo de o homem se organizar e perceber sua relação com a esfera do trabalho. Porém essas mudanças não ocorrem de maneira homogênea, elas tendem a compor um mosaico cada vez mais complexo para a compreensão de como ocorre e qual a importância adquirida pelo trabalho na sociedade contemporânea. Tal diversidade multifacetada dá margem a variadas formas de analisar, problematizar e legislar as relações que, por meio do trabalho, são tecidas no meio social”. (OLIVEIRA e PICCININI, 2011, p. 205)

“O trabalho – que é a ação transformadora do homem sobre a natureza – modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo em que produz sua própria cultura”. (ARANHA, 1996)

“O trabalho é, em primeiro lugar, um processo entre o homem  a natureza um processo integrado no qual o ser humano faculta, regula e controla a sua forma material com a natureza através de sua atividade... Ao atuar sobre a natureza externa a si, modificando-a, o ser humano modifica simultaneamente sua própria natureza [...]” (MARX, 1979, p. 118).



Encontrei dois vídeos bem interessantes de uma professora dando uma aula para adolescentes, que explanam bem sobre a transformação gradual das várias concepções de trabalho. Ela explica a relação do homem com a natureza, permeada pelo trabalho, através das visões antropológica e sociológica. É uma apresentação da evolução das formas de trabalho, da antiguidade até os dias atuais, com a professora cenecista Cleide Aparecida Martins. Abaixo seguem os links:

Sociologia - A Relação Homem, Natureza e Trabalho - Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=7KnL1gPU_L0

Sociologia - A Relação Homem, Natureza e Trabalho - Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=iNtd5C-kI0g

Abraços,




Por Anie Barrios
                                                                                                                                         

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Controle Cultural


Diversos elementos de controle cultural estão inseridos em nosso dia a dia. É comum nos depararmos com a generalidade de certos hábitos.  Mesmo que não se entenda o sentido por trás de determinados hábitos e ações, é comum que as pessoas os adotem simplesmente por convenção. Analisando sobre esse assunto, gostaria de mencionar um curta de apenas 8 minutos, de Marcos Magalhães, do ano de 1981, na qual Magalhães seleciona alguns aspectos de nossas experiências culturais, que, por meio do filme, demonstra o quão inseridos em nossa cultura, certos elementos acabam se tornando.

O curta apresenta a periferia de uma grande cidade, grandes edifícios,com o som  plin-plin da Rede Globo vindo dos apartamentos. Ouve-se buzinas de um trânsito caótico. Grandes construções que dão lugar a uma favela. Há carros de polícia e pessoas fugindo, quando por fim a panorâmica termina quando um gato, sentado no muro, ocupa o centro da tela. Logo, a imagem concentra-se no gato que mia calmamente. Esse gato recebe leite. Não satisfeito, insiste por mais. Como o leite termina, servem-no Coca- Cola, de inicio o gato não gosta, porem coagido e influenciado pelas propagandas, como também ameaçado pela violência, toma todo o conteúdo oferecido. O gato passa a tomar a bebida com prazer e mia pedindo mais. Quando tentam oferece-lhe novamente leite, ele rejeita. O gato dá um novo, insistente e irritante miado, acompanhado da legenda “MEOW”. A mão aparece novamente e pega o gato pelo pescoço. A imagem é congelada e entram os créditos do filme.

O ponto é que, os gatos são conhecidos por terem ‘’personalidade forte’’, porém, mesmo assim aceitou as pressões externas. Da mesma forma boa parte das pessoas tende a aceitar passivamente pressões externas, muitas nem percebidas, para que se adquira certos hábitos, ou se adote determinada conduta. E é assim que certos elementos culturais simplesmente permanecem.


Para assistir o curta:  


Para mais informações:

http://www.revistatxt.teiadetextos.com.br/03/mauricio.htm

Por Bruna Correa

sábado, 3 de maio de 2014

Dica para o fim de semana... 


Pão e Rosas
Dirigido por Ken Loach
          
          Ótima dica relacionado ao tema estudado nesta semana sobre cultura, o filme passa-se em Los Angeles, onde imigrantes mexicanos ilegais trabalham como faxineiros do turno da noite em um edifício de escritórios, por salários precários. Eles não têm assistência médica, nenhuma proteção trabalhista e ainda suportam um patrão abusivo. 


As irmãs Maya (Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo), mexicanas de sangue quente, trabalham no serviço de limpeza de um prédio comercial no centro da cidade. O destinou colocou Sam (Adrien Brody), apaixonado ativista americano, no seu caminho, o que as leva a uma campanha guerrilheira contra seus patrões. A luta ameaça seu sustento, a família e faz com que corram o risco de serem expulsas do país.
          Este filme ganhou três premiações sendo estas o Prêmio UIP de "Melhor Filme Europeu" no Festival do Rio BR 2000. Ganhou o Prêmio ALMA na categoria "Melhor Atriz Coadjuvante", para Elpidia Carrillo e Ken Loach foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.
          Boa pedida para o fim de semana, além de aprimorarmos nosso acervo cultural.

Por de frente com a sociologia




sexta-feira, 2 de maio de 2014

Estranhamento cultural

Faz pouco mais de um ano que voltei do Reino Unido. Passei dois meses estudando em Londres e me hospedei em uma casa que ficava a apenas 40 minutos da mesma, Croydon. Fiquei morando com um casal jamaicano e, para minha sorte, eram muito acolhedores, o que facilitou a experiência de estar sozinha em um novo ambiente.
 A comida oferecida era, geralmente, muito mais apimentada do que as brasileiras (isso vale não só para a casa onde eu estava, mas também para toda a cultura britânica) o que não me agradou tanto quanto o chá inglês. Esse último é a bebida mais tradicional, composta de chá preto, leite, açúcar e creme. Deliciosa, apetece muito com o frio londrino e é muito bem-vinda acompanhada de bolos ou guloseimas em reuniões sociais.
Porém, os britânicos em si são pessoas muito "frias" ao olhar de um brasileiro: raramente conversam em meios de transporte, não aceitam atrasos e não dão muitos abraços ou beijos para cumprimentar os outros. No início, adorava o silêncio nos vagões de trem e o modo como eram rígidos com a pontualidade nos compromissos. Mas depois de um tempo, senti falta de um pouco mais de calor humano e carinho brasileiro que, por mais que tenha sempre achado que era bobagem, ficou evidente quando estive longe do país. 

Pretendo voltar, mas apenas quando estiver madura o suficiente para ficar mais tempo do que anteriormente.



Por Júlia Pagliari.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Socialização e Cultura Organizacional

          Esta semana tivemos a tarefa de postar em nosso blog algum relato de adequação,adaptação e socialização organizacional interna ou externamente. Encontrei um artigo muito interessante escrito por Cylmara Lacerda contijo,PUC-Minas campus poços de caldas, sobre "socialização,cultura e constituição do sujeito organizacional: um estudo de caso".
          Este artigo trata das estratégias adotadas pela empresa para a socialização do funcionário recém-admitido. O objetivo é compreender o processo de socialização e constituição do sujeito organizacional, a partir do treinamento de formação de novos funcionários, em uma empresa metalúrgica, localizada no Sul de Minas. A fim de alcançar esse objetivo, procurou-se investigar e analisar o processo de seleção dos candidatos para ingresso no programa de formação de novos funcionários; estudar e compreender o programa adotado pela empresa, compreender a constituição do sujeito e a incorporação da cultura da empresa. A metodologia adotada foi o estudo de caso, sendo a pesquisa de cunho qualitativo.                             O modelo analítico adotou as seguintes categorias de análise: dependentes, o sujeito socializado; independentes, o processo de socialização e intervenientes, a cultura empresarial. Os resultados comprovam a relação entre as categorias, tendo os funcionários apresentado um comportamento diferenciado em conseqüência da forma como foram socializados na organização e tendo a cultura como referência. Concluiu-se que as estratégias de socialização adotadas pela empresa formaram indivíduos dóceis, servis e integrados à cultura da empresa.


O artigo completo você encontra no link abaixo:
http://www.pucpcaldas.br/graduacao/administracao/revista/artigos/v1n1/v1n1a1.pdf


                                    Por Nataly Canan

sábado, 19 de abril de 2014

Antiga Classe Média - Curiosidade

          Quando realizamos nossos estudos sobre a nova classe média, eis que surgiu uma indagação do grupo: e a antiga classe média, quando apareceu o conceito deste grupo que estudamos na semana passada? 
        Pesquisando pela internet, encontramos um trecho que exemplifica e introduz, ao nosso ver, uma das tantas e várias opiniões sobre o surgimento desta classe. Pelo fato de o livro Historia da riqueza do homem, de Leo Huberman tratar-se de um grande clássico, estudado por muitos grupos em todo o mundo, resolvemos anexar ao Blog, como uma curiosidade sobre esta antiga classe que, por base nos dados do livro, surgiu no final do período do feudalismo.
“Nos primórdios do feudalismo, a terra, sozinha, constituía a medida da riqueza do homem. Com a expansão do comércio, surgiu um novo tipo de riqueza — a riqueza em dinheiro. No início da era feudal, o dinheiro era inativo, fixo, móvel; agora tornara-se ativo, vivo, fluido. No início da era feudal, os sacer- dotes e guerreiros, proprietários de terras, se achavam num dos extremos da escala social, vivendo do trabalho dos servos, que se encontravam no outro extremo. Agora, um novo grupo surgia — a classe média, vivendo de uma forma nova, da compra e da venda. No período feudal, a posse da terra, a única fonte de ri- queza, implicava o poder de governar para o clero e a nobreza. Agora, a posse do dinheiro, uma nova fonte de riqueza, trouxera consigo a partilha no governo, para a nascente classe média.” ( pg. 36)
Livro completo - História da Riqueza do Homem

Por de frente com a sociologia.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

"A nova classe média brasileira."

        A tarefa da semana foi encontrar algum artigo ou editorial que fosse de encontro aos textos, "Uma nova classe trabalhadora" e "Medindo a nova classe média", estudados em sala de aula. As diferentes formas de abordagem que os textos partiram para explicar o conteúdo puderam trazer um conceito mais abrangente sobre este assunto relativamente novo a ser debatido e, pesquisando na rede, encontramos uma entrevista feita pela Gazeta do Povo que revela como o sociólogo Jessé Souza nos trás as respostas aos questionamentos mais pertinentes no que se refere a essa nova classe que surgiu nos últimos anos. Detalhes como quem faz parte da atual classe média, a consideração sobre o capital cultural, que na visão do professor, partindo do conceito de Pierre Bourdieu, é o principal fator para se determinar essa nova classe, além dos fatores econômicos, são revelados, proporcionando uma melhor clareza sobre este tema.  
Entrevista feita pela Gazeta do povo: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1378017&tit=Sem-cultura-nao-ha-ascensao-social


Por Gabriela Rabello

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Marx, Weber, Durkheim e Comte: blog sobre os fundadores

O blog " Estrutura da sociedade" foi criado por alunos da Universidade Federal do ABC e discute sobre os autores Auguste Comte, Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Ele trata sobre a biografia dos fundadores, mas também os conceitos por eles criados e as formas de pensamento social e principais ideias de cada um.

Link do blog Estrutura da Sociedade:




                                                                               Por Franciele Flach